Segundo a polícia, eles abriam empresas prometendo financiamento, pegavam valores das vítimas como entrada e fechavam escritórios. Em uma postagem, investigados comemoraram arrecadação de R$ 2 milhões.
Um grupo foi preso suspeito de aplica golpes milionários abrindo falsas empresas de financiamento e consórcio, em Goiânia. Eles prometiam dar o valor total do bem que a vítima queria comprar, como carros, pegavam valores como entrada e fechavam os escritórios. Nas redes sociais, alguns dos investigados ostentavam armas, carros de luxo e festa para comemorar recordes em dinheiro captado dos clientes.
As prisões aconteceram na terça-feira (23). Os investigados vão responder por estelionato e associação criminosa. Os nomes dos presos não foram divulgados.
O delegado Guilherme Conde explicou que o grupo abriu cinco empresas em Goiás no período de um ano e meio. Os escritórios eram elegantes e os responsáveis faziam anúncios em redes sociais.
“A pessoa procurava a empresa, por exemplo, querendo comprar um carro de R$ 100 mil. Os captadores faziam ela assinar documentos e perguntavam quanto ela tinha. A pessoa respondia o valor, às vezes R$ 20 mil, R$ 30 mil, e eles ficavam com esse valor como entrada”, disse.
Depois que o grupo conseguia pegar valores de uma determinada quantidade de pessoas, fechava a empresa, ficando com todo o dinheiro. Depois, abriam uma nova companhia, com outro nome, outro endereço, em nome de outra pessoa e continuava aplicando o golpe.
Foram presos dois coordenadores, três captadores e uma pessoa que atuava na parte financeira. Os líderes ficaram em silêncio durante o depoimento. Os outros investigados confessaram envolvimento com o golpe.
Nas redes sociais, os investigados chegaram a publicar uma foto comemorando que tinham “quebrado recordes” após conseguir R$ 2 milhões das vítimas. Também na internet, um dos líderes postava fotos com várias armas. Eles também tinham veículos de luxo.
O delegado disse que o prejuízo causado ainda é incalculável. Os valores que cada pessoa perdeu ainda estão sendo calculados. A suspeita é que mais de 100 pessoas tenham sido vítimas do grupo.