O uso de fogos de artifício é uma tradição em muitos eventos festivos e, durante as campanhas eleitorais, eles se tornam uma forma de celebração e mobilização. No entanto, é importante refletir sobre os impactos que essa prática pode ter na sociedade e considerar alternativas que promovam um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos.
Sensibilidade de Animais e Pessoas:
Muitos não sabem, mas o som alto dos fogos de artifício pode causar grande desconforto e até problemas sérios para alguns grupos. Animais, como cães e gatos, possuem uma audição muito mais sensível que a dos humanos. Para eles, o barulho pode ser assustador, levando a comportamentos de fuga, acidentes e, em alguns casos, até à morte.
Além dos animais, algumas pessoas também são particularmente afetadas pelo som dos fogos. Indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA) podem sofrer com crises de ansiedade e sobrecarga sensorial quando expostos a sons altos e inesperados. Idosos, bebês e pessoas com condições de saúde que as tornam mais sensíveis ao barulho também podem enfrentar dificuldades durante as celebrações.
Período Eleitoral: A Importância da Consciência:
Durante o período eleitoral, é comum o uso de fogos de artifício em eventos e comemorações. No entanto, é importante que candidatos e equipes de campanha considerem os efeitos que essa prática pode ter sobre a comunidade. Uma campanha que valoriza o respeito ao próximo e a inclusão certamente ganha pontos com a sociedade.
Há maneiras de comemorar e engajar eleitores sem causar desconforto ou prejudicar outros seres vivos. Alternativas como fogos silenciosos, que produzem efeitos visuais sem os sons estridentes, podem ser uma opção interessante e inovadora.
Rumo a uma Convivência Mais Harmônica:
Em várias cidades, iniciativas para reduzir o impacto dos fogos de artifício já estão sendo implementadas, como a regulamentação do uso de fogos com ruído e a promoção de campanhas educativas. Essas medidas têm o potencial de criar um ambiente mais seguro e tranquilo para todos.
Os futuros eleitos têm a oportunidade de liderar essa mudança, promovendo a criação de leis e políticas que incentivem o uso de alternativas mais seguras e inclusivas. O objetivo não é proibir as celebrações, mas sim adaptá-las de maneira a respeitar todas as formas de vida ao nosso redor.
Conclusão:
O uso de fogos de artifício é uma prática cultural rica e celebrada, mas é fundamental que sua utilização seja feita com consciência e respeito à diversidade da nossa sociedade. Ao considerar os impactos negativos e optar por alternativas mais inclusivas, estamos construindo um futuro onde todos possam participar das celebrações de forma segura e harmoniosa. Com pequenas mudanças e um olhar atento, é possível preservar a tradição, respeitando as necessidades de todos.
Por Jornalista: Samuel Rodrigues
