Hoje, de acordo com o secretário, o déficit levantado é de mais de R$ 415 milhões entre processos empenhados, dívida da folha de pagamento, precatórios e dívida do Aparecidaprev
O secretário de Fazenda de Aparecida de Goiânia, Carlos Eduardo de Paula Rodrigues, disse em entrevista exclusiva ao Jornal Opção que novas dívidas e déficits devem ser identificadas nas próximas semanas. Hoje, de acordo com o secretário, o déficit levantado é de mais de R$ 415 milhões entre processos empenhados, dívida da folha de pagamento, precatórios e dívida do Aparecidaprev, que supera os R$ 32 milhões. “Nossa meta é aumentar as receitas e reduzir as despesas para que a gente chegue a um percentual de 25% do valor desse déficit mês a mês para conseguirmos zerar”, afirmou.
O prefeito Leandro Vilela (MDB) enviou ao Legislativo Municipal, duas propostas de revisão do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025 que devem ser analisados em sessões extraordinárias. Rodrigues lembra que a LOA foi aprovada entre outubro e novembro do ano passado, já o PPA, feito em 2022, precisou ser revisado para se adequar a realidade da LOA deste ano. “Existia alguns programa no PPA que estava ausente em função da nova LOA, foram alterações no conteúdo e nos valores”, explicou.
A Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) estava desatualizada em cerca de R$ 50 milhões em relação a LOA, afirma Rodrigues. “Esse déficit deve aumentar nos próximos dias, a secretaria de Transparência está levantando o que está atrasado e novos valores podem ser identificados”, disse.
Decreto de calamidade
Somente a folha de pagamento do mês de dezembro, que ainda não foi paga, é no valor de R$ 58 milhões. De acordo com Vilela, a antiga gestão não deixou dinheiro em caixa, além de não ter quitado os débitos com mais de 4 mil servidores comissionados exonerados no final da gestão de Vilmar Mariano. “Estamos cortando na própria carne, dando o exemplo. Vamos tomar medidas drásticas como reduzir o número de comissionados e cortar contratos. O pagamento dos salários é nossa prioridade número um”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de publicar um decreto de calamidade, Vilela apontou que a equipe da Prefeitura faz um levantamento sobre as consequências do decreto. “Um decreto de calamidade pode nos impedir de tomar decisões e ações, mas o estado de calamidade está instalado no município.
O presidente da Câmara de Vereadores de Aparecida de Goiânia, Gilson Rodrigues (MDB), disse que as propostas de revisão do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025 serão analisados em sessões extraordinárias à pedido do Poder Executivo.
“Temos responsabilidade de analisar todo o projeto e agora o Legislativo depende de convocação do prefeito. Quando mais rápido ele pedir, mais rápido será analisado. Ainda não recebemos o projeto, é uma coisa que a gente precisa ver de perto para saber se a dívida é mais ou menos R$ 300 milhões”, diz.
Fonte – Jornal Opção