Pacheco faz nova reunião com governadores para discutir limite de ICMS sobre combustíveis
Política

Pacheco faz nova reunião com governadores para discutir limite de ICMS sobre combustíveis

Presidente do Senado já havia feito reunião com outro grupo de governadores; secretários e relator também participam. Estados criticam texto e dizem que vão perder arrecadação.

O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu nesta quarta-feira (8) com mais um grupo de governadores e secretários estaduais de Fazenda a fim de discutir a proposta que limita alíquota do ICMS sobre os combustíveis.

O ICMS é um tributo estadual e compõe o preço da maioria dos produtos vendidos no país, incluindo os combustíveis, e é responsável pela maior parcela de tributos arrecadada pelos estados. A proposta que limita a cobrança do imposto foi aprovada pela câmara dos deputados e agora está em análise no senado.

Na noite desta terça (6), Rodrigo Pacheco já havia se reunido com outro grupo de governadores em Brasília para discutir o texto. Governadores resistem à aprovação da proposta e argumentam que, se a alíquota de ICMS for reduzida, os estados perderão arrecadação.

Participaram do encontro desta quarta-feira:

  • Rui Costa governador da Bahia;
  • Paulo governador de Pernambuco;
  • Rodrigo Garcia, governador de São Paulo;
  • Paulo Velten, governador em exercício do Maranhão;
  • Mauro Mendes governador do Mato Grosso;
  • Décio Padilha, presidente do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz);
  • secretários de Fazenda estaduais.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da proposta, também compareceu. A previsão é que Bezerra apresente ainda nesta quarta o relatório sobre o projeto. A votação do parecer deve acontecer na próxima segunda-feira (13).

 

O projeto

O dinheiro arrecadado com o ICMS vai para o cofre de estados e prefeituras.

O projeto em discussão no senado estabelece um teto para a cobrança desse imposto porque classifica os produtos relacionados a combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo como bens e serviços essenciais.

Esta classificação proíbe estados de cobrarem ICMS superior à chamada “alíquota geral”, que varia de 17% a 18%. Hoje, esse percentual chega a 30% em alguns estados.

Governadores resistem à aprovação da proposta argumentando que, se a alíquota de ICMS for reduzida, a arrecadação do tributo cairá.

Secretários estaduais de Fazenda estimam que essa perda gire em torno de R$ 100 bilhões.

Compensação

Na última segunda (6), o governo federal anunciou um plano de compensação aos Estados se o projeto do ICMS passar no senado

O plano prevê, em linhas gerais:

 

  • zerar o ICMS (imposto que vai para os cofres estaduais) sobre diesel e gás de cozinha;
  • reduzir o ICMS e zerar os impostos federais sobre gasolina e etanol;
  • compensar os estados e o Distrito Federal por parte da perda de arrecadação.

 

Além da concordância dos estados, o acordo envolve a aprovação de dois projetos pelo Congresso Nacional, incluindo uma proposta de Emenda à Constituição (PEC), que requer amplo apoio na Câmara e no Senado.

 

Via G1

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