3 detentos são mortos e amarrados pelo pescoço na CPP de Aparecida de Goiânia
Polícia

3 detentos são mortos e amarrados pelo pescoço na CPP de Aparecida de Goiânia

Madrugada foi sangrenta na unidade prisional

Vítimas estavam amarradas pelo pescoço por cordas. Cena tinha objetivo de mostrar que eles morreram ‘juntos’ por terem supostamente atuado no vazamento de informações

Três detentos foram assassinados no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia na madrugada desta 3ª feira (26).
De acordo com informações preliminares, houve um conflito generalizado dentro da carceragem e 3 homens foram executados e pendurados pelo pescoço em cordas amarradas nas celas.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para efetuar o socorro.


Agentes da Polícia Penal também agiram para conter a situação.
As circunstâncias do ocorrido ainda serão investigadas.
Investigações preliminares, que se iniciaram na manhã desta 3ª feira (26), apontam que a causa da morte teria sido estrangulamento e que os cadáveres foram amarrados posteriormente, já sem vida.

Detentos enforcados e com os braços entrelaçados na CPP teriam sido recado para outros presos

A forma como foram encontrados 2 dos 3 corpos de detentos mortos na Ala B do Bloco 1 da Casa de Prisão Provisória (CPP) do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia demonstra que os autores queriam enviar um “recado” para outros presos da unidade.

Segundo levantamentos da reportagem, 2 dos detentos estavam amarrados pelo pescoço por uma corda (e não lençóis) ao registro da tubulação de água de uma das celas.

Eles foram dispostos juntos, com os braços entrelaçados.

Casa de Prisão Provisória do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

Vazamento de informações privilegiadas

Ainda de acordo com a apuração, a cena tinha o objetivo de mostrar que as vítimas morreram “juntas” por terem supostamente atuado conjuntamente no vazamento de informações privilegiadas.

A 3ª vítima também foi amarrada pelo pescoço à tubulação, mas foi disposta sozinha na parte central de outra cela.

Os 3 detentos estavam sem camisa e usavam apenas a bermuda amarela padrão da unidade.

Não havia sinais de perfurações nos corpos e apenas respingos de sangue no local.

Investigações preliminares, que se iniciaram na manhã desta 3ª feira (26), apontam que a causa da morte teria sido estrangulamento e que os cadáveres foram amarrados posteriormente, já sem vida.

As informações apontam ainda que o local apresentava mau cheiro.

Quem foram os detentos assassinados na CPP

De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás (DGAP), as vítimas foram Paulo Cesar Pereira dos Santos (preso acusado de roubo – artigo 157), Hyago Alves da Silva (preso acusado de homicídio – artigo 121) e Matheus Junior Costa de Oliveira (preso acusado de homicídio – artigo 121).

Acionados, agentes da Polícia Penal fizeram a varredura nas celas e levaram os demais detentos para o pátio para que a equipe médica atestasse os óbitos, preservando o local para posterior perícia.

De acordo com a DGAP, as causas e circunstâncias dos supostos crimes são investigados pela Polícia Civil.

Nota da DGAP

“A 1ª Coordenação Regional Prisional da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás informa:

-Estão sendo tomadas as devidas providencias em relação às mortes de três custodiados da Casa de Prisão Provisória (CPP), situada dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Os presos foram encontrados sem sinais vitais dentro de duas celas do presídio.

-Diante dos fatos, a direção da unidade prisional realizou as comunicações necessárias, além de acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

– A ordem e disciplina dentro da unidade seguem sem alterações.

-Procedimentos administrativos internos foram abertos para apuração dos fatos e circunstâncias dos ocorridos. Os primeiros apontamentos dão conta de que os custodiados teriam sido assassinados, supostamente, por outros presos, companheiros de celas. As causas e circunstâncias dos supostos crimes são investigados pela Polícia Civil.”

Fonte FZ

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *