Profissionais de enfermagem protestam contra suspensão do piso salarial
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Profissionais de enfermagem protestam contra suspensão do piso salarial

Manifestação aconteceu em frente ao Hospital de Urgência Governador Otávio Lage, em Goiânia, um dia após decisão do ministro Luís Barroso, do STF.

Na manhã desta segunda-feira (5/9), profissionais da enfermagem se reuniram em frente ao Hospital de Urgência Governador Otávio Lage (Hugol), em Goiânia, para protestar contra a suspensão da lei que estabeleceu um piso salarial para enfermeiros e técnicos de enfermagem.

A manifestação foi organizada pelo Sindicato de Enfermagem no Estado de Goiás (Sienf-GO) e teve adesão de centenas de técnicos, auxiliares e enfermeiros.

Com faixas e apitos, os profissionais gritavam frases como “Eu quero piso” e “Enfermagem na rua, Barroso a culpa é sua”, em referência ao ministro Roberto Barroso, que assinou a liminar de suspensão na tarde de ontem (4/9).

A presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg), Renata Rios, afirma que a classe não vai desistir e continuará lutando contra a suspensão do piso salarial da categoria, e classifica como um ‘afronte’.

“A aprovação do piso salarial se deu pela luta dos trabalhadores da enfermagem. Ontem fomos surpreendidos com uma liminar que suspendeu a lei, que é constitucional e um direito nosso. Essa é mais uma afronta contra aqueles que sempre estiveram na assistência. É uma afronta que vai de encontro com os interesses dos patrões”, criticou.

Por conta da manifestação dos trabalhadores da saúde, o trajeto da rodovia GO-070, que dá acesso ao Hugol, chegou a ser bloqueado.

Entenda o caso

No domingo (4/9), o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a lei aprovada e sancionada, que cria o piso salarial da enfermagem que definia o piso da categoria em R$ 4.750.

De acordo com Barroso, a medida foi tomada para que sejam analisados dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso. O prazo para que essas informações sejam enviadas ao STF é de 60 dias.

O ministro deu 60 dias para que os entes da federação, entidades do setor e os ministérios do Trabalho e da Saúde se manifestem sobre a capacidade para que o piso seja cumprido.

 

 

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